domingo, 6 de março de 2011

FORMAÇÃO II - Reverências

Sinais de Reverência em Geral

A inclinação é um sinal de reverência e de honra que se deve prestar às pessoas ou às suas imagens. Há duas espécies de inclinação: de cabeça e do corpo.

A inclinação de cabeça: Se faz ao nome de Jesus ou da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a Missa ou a Liturgia das Horas;

A inclinação de corpo  ou (profunda): Se faz ao altar, caso nele não esteja o sacrário com o Santíssimo Sacramento, ao Bispo, antes e depois da incensação, e em todas as vezes em que vem expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.


Genuflexão

A genuflexão, que se faz flectindo só o joelho direito até ao solo, significa adoração, pelo que é reservada ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário, e à Santa Crus, desde a adoração solene na ação litúrgica de Sexta – Feira da Paixão do Senhor até ao início da Vigília Pascal.
Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar  na celebração que vai ser realizar, por ex: a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos.


Reverência ao Santíssimo Sacramento

Todos aqueles que entram na Igreja nunca devem omitir a adoração ao Santíssimo Sacramento: seja dirigindo-se à capela do Santíssimo, seja fazendo pelo menos genuflexão. Fazem igualmente todos os que passam diante do Santíssimo, a não ser que se vá em procissão.

Reverência ao Altar

O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao presbitério, dele se retiram ou passa por diante do altar. Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa, em sinal de veneração.

O celebrante principal, antes de deixar o altar, venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes se foram muitos, fazem-lhe a devida reverência.

Nas celebrações das Laudes e das Vésperas a que o Bispo preside, este beija também o altar no princípio e, se for oportuno, igualmente no fim. Todavia, nos paises em que este gesto não se coaduna plenamente com as tradições e mentalidades dos povos, podem as Conferências Episcopais substituí-lo por outro, dando conhecimento do fato à Sé Apostólica.


Reverência ao Evangelho

Á Missa, na celebração da palavra e na vigília prolongada, enquanto se proclama o Evangelho, todos estão de pé, voltados para quem o lê.
O diácono, ao dirigir-se para o ambão, leva solenemente o livro dos Evangelhos, indo à frente o turíbulo com o turíbulo e os acólitos com os castiçais, de velas acesas.

No ambão, o diácono de pé voltado para o povo, depois de saudar esta com as mãos juntas, faz o sinal da cruz com o polegar da mão direita, primeiro sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, depois sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, dizendo: Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo...

O Bispo faz também sobre si mesmo o sinal da cruz, na fronte, na boca e no peito, e o mesmo fazem todos os restantes. Depois, pelo menos na Missa Estacional, o diácono incensa o livro três vezes, ou seja, ao meio, à esquerda e à direita. Seguidamente, lê o Evangelho até ao fim.

Terminada a leitura, o diácono leva o livro ao Bispo para esta o oscular ou o próprio diácono oscula o livro, salvo se, a conferência Episcopal tiver estabelecido outro sinal de veneração. Na falta do diácono, um presbítero pede e recebe a benção do Bispo, e proclama o Evangelho, na forma atrás descrita.


Reverência ao Bispo e outras pessoas

O Bispo é saudado com inclinação profunda pelos ministros ou por quantos deles se aproximam por motivos de serviço ou, depois de prestado esse serviço, se retiram ou passam diante dele.

Quanto a cátedra do Bispo fica situada atrás do altar, os ministros saúdam o altar ou o Bispo, consoante se aproximam ou do altar ou do Bispo; mas evitem, quanto possível, passar entre o Bispo e o altar, por respeito para com um e para com outro.

Se acaso no presbitério estiverem presentes vários Bispos, a reverência só é feita aquele que preside.

Nas procissões, o Bispo que preside à celebração litúrgica, revestido das vestes sagradas, vai sempre só, atrás dos presbíteros, mas à frente dos seus assistentes, que o acompanham um pouco atrás.

Notas: Segundo uso de Roma, quando o turiferário vai na procissão, “ de mãos erguidas à mesma altura segura o turíbulo com a direita, deste modo: põe o dedo polegar na argola maior e o médio na argola menor da corrente, levando a tampa do turíbulo, e assim o sustenta e agita; na mão esquerda, segurando-a pelo pé, leva a naveta com o incenso e a colher” (Caerimoniale Episcoporum, ed. De 1886,1, XI,7).


 (Cerimonial dos Bispos)

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